Na última quinta-feira (17), a Polícia Militar de Minas Gerais (PM) interditou um armazém localizado no bairro Boa Vista, na zona Leste de Belo Horizonte, onde foram encontrados altos volumes de alimentos e bebidas fora do prazo de validade. A ação, nomeada “Operação Baco”, foi realizada em conjunto com a Receita Federal, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a Vigilância Sanitária.
Ao longo da semana, mais de 20 inspeções foram conduzidas em diferentes estabelecimentos, como bares, distribuidoras e adegas, com o objetivo de combater atividades relacionadas ao crime organizado. Durante uma das vistorias, as autoridades apreenderam e destruíram mais de mil litros de cachaça clandestina. Além disso, mais de 4 mil maços de cigarros foram confiscados em um local que comercializava bebidas.
A operação também revelou garrafas vazias de whisky, vodka e gin, frequentemente guardadas para a recepção de bebidas falsificadas. Os órgãos responsáveis alertaram comerciantes e consumidores a quebrarem garrafas após o uso ou danificarem os rótulos, visando dificultar as ações de grupos criminosos envolvidos na adulteração.
Segundo os agentes que participaram da operação, nas proximidades do armazém onde a cachaça e os cigarros foram encontrados, havia outro espaço que armazenava centenas de produtos vencidos. O proprietário afirmou que esses itens eram coletados de diversos comércios da área para um descarte apropriado.
Além disso, foram identificadas cervejas com datas de validade adulteradas nos rótulos, assim como materiais usados para falsificação, como solvente e algodão com vestígios de tinta de caneta. Também foram descobertos vários alimentos, incluindo iogurte, queijo, chips e creme de leite, que levantaram suspeitas quanto à sua validade.
A proprietária do armazém foi encaminhada à delegacia, o local foi fechado e os produtos serão eliminados pelas autoridades competentes.