Dois homens apontados como líderes do Comando Vermelho no Morro das Pedras, em Belo Horizonte, morreram após confronto com a Polícia Militar na noite desta segunda-feira (21), durante uma operação no bairro Copacabana, na região de Venda Nova. De acordo com a corporação, os suspeitos, de 28 e 33 anos, estavam envolvidos na distribuição de armas e drogas para áreas da capital e também para a cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.
A ação foi desencadeada após investigações que apontaram a participação da dupla em uma disputa entre facções criminosas que têm provocado episódios recentes de violência na Região Metropolitana.
Segundo o serviço de inteligência da PM, os dois homens estavam planejando novos ataques contra integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP), grupo com atuação no Rio de Janeiro e presença na Grande BH. Também foram identificadas ações de intimidação em redes sociais, onde os investigados exibiam armas e granadas.
Os suspeitos estavam escondidos em dois apartamentos de um prédio na Avenida Universo. Durante a abordagem policial, uma mulher foi localizada no primeiro imóvel, onde havia grande quantidade de drogas. Em um dos cômodos, os dois homens foram encontrados armados e, segundo os policiais, ignoraram ordens para se render. Eles foram baleados ao apontarem armas para os agentes. Ainda conforme a PM, um deles tentou acionar uma granada mesmo ferido, mas foi impedido.
Os dois foram levados ao Hospital Risoleta Neves, mas morreram após darem entrada na unidade. Conforme a polícia, ambos tinham mandados de prisão em aberto e antecedentes por crimes como tráfico, lesão corporal, furto e desobediência. O suspeito de 33 anos, segundo as investigações, havia assumido o comando do tráfico na região do Morro das Pedras e também atuava como gerente da facção em Teófilo Otoni. Ele teria passado um período escondido na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Na ação, foram apreendidas mais de 10 mil porções de drogas, incluindo maconha, cocaína, crack e ecstasy, além de duas armas de fogo, três granadas, dinheiro em espécie e material relacionado ao tráfico. O Bope foi acionado para remover e destruir os explosivos.
Uma mulher de 26 anos, dona do apartamento onde parte das drogas foi localizada, foi presa em flagrante. Ela relatou que recebia R$ 1.200 dos suspeitos para guardar os entorpecentes em sua residência. A ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil, que dará continuidade às investigações.