A Polícia Civil prendeu uma garota de programa, de 26 anos, acusada de dopar e furtar clientes em BH. Ela é apontada como autora de um latrocínio contra um idoso de 75 anos, além de três tentativas. Um comparsa, de 30 anos, também foi preso.
A mulher se valia de uma estratégia criminosa sofisticada para se aproximar das vítimas. Segundo o delegado responsável pelo caso, Gustavo Barletta, ela se aproximava de homens, especialmente de meia idade e idosos, ganhava a confiança das vítimas e as dopava com uso de medicamentos sedativos e alucinógenos. “Ela administrava as substâncias para que eles ficassem mais tempo adormecidos e, assim, tivesse mais tempo para cometer os furtos”, revelou.
Ainda de acordo com o delegado, o caso mais grave foi o de um idoso de 75 anos, que não resistiu à investida criminosa e morreu, no dia 28 de março deste ano, após complicações causadas pela intoxicação. “Ela aumentou a quantidade de remédios e as doses, e a vítima não aguentou”, ressaltou Barletta.
Outras três vítimas sobreviveram aos crimes, sendo um homem de 52 anos, outro de 67 e um terceiro de 57, que chegou a ficar internado em estado grave em um hospital de BH. “Esse homem ficou internado por 22 dias, desacreditado pelos médicos, mas acabou sobrevivendo. Foi uma reviravolta médica ele ter sobrevivido”, comentou o delegado.
Mulher sedava vítimas em BH para obter senhas de banco
A investigação também revelou que a suspeita se aproveitava do estado de confusão mental das vítimas para obter senhas bancárias e desbloqueios de dispositivos. “Ela conseguia que os homens lhe falassem as senhas. Entendemos que eles estavam altamente dopados e, de forma astuciosa, ela conseguia tirar essas informações deles”, completou.
Com as senhas e os telefones, a mulher realizava transações financeiras de alto valor, como compras, pagamentos e transferências via Pix, além de utilizar cartões das vítimas de forma presencial. Em um dos casos, foram subtraídos valores superiores a R$ 55 mil.
Durante as investigações, a PCMG apurou ainda a participação de um homem, de 30 anos, que recebia parte dos valores e acompanhava a suspeita em deslocamentos, incluindo uma viagem ao Rio de Janeiro logo após os crimes. Ambos foram presos preventivamente no dia 30 de abril e encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.
A dupla foi indiciada pelos crimes de latrocínio consumado e tentado.
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