Um homem de 26 anos foi preso na noite de quinta-feira (9) por injúria racial na UPA Ressaca, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Guarda Municipal, o suspeito teria chamado o porteiro da unidade, de 51 anos, de “macaco” após ser solicitado a deixar um local restrito a funcionários.
De acordo com o registro, o homem, que acompanhava uma paciente, teria se irritado com a solicitação e também atingido um computador da unidade, sem causar danos. Ele deixou o local, mas foi detido em flagrante pela Guarda Municipal. A polícia informou que o suspeito já possui passagens por furto.
A vítima e o suspeito foram levados à Delegacia de Plantão da Polícia Civil, onde o caso está sendo investigado.
Outro caso de injúria racial registrado em Belo Horizonte
Na terça-feira (7), uma mulher de 35 anos foi presa por injúria racial no bairro Alípio de Melo, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Conforme relato da gerente de um bar, a suspeita teria dito: “Da próxima vez eu resolvo com uma pessoa branca”, após reclamar do atendimento de um funcionário.
O crime ocorreu após a cliente expressar insatisfação com a qualidade de um espeto servido no estabelecimento. A gerente informou que a frase foi repetida quando a cliente foi questionada.
Veja:
A injúria racial, segundo a lei brasileira, ocorre quando alguém ofende a honra de outra pessoa utilizando referências à raça, cor, etnia, religião ou origem. O crime foi equiparado ao de racismo em 2023, com penas mais rigorosas desde então.
Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram um aumento expressivo no número de denúncias em Minas Gerais. Entre janeiro e outubro de 2024, foram registrados 1.521 casos, um crescimento de 200% em comparação ao mesmo período de 2023, quando houve 490 registros. Em 2022, o número foi de 423 ocorrências.