Um jovem de 19 anos foi preso na noite de quinta-feira (26), em Belo Horizonte, suspeito de realizar diversos furtos de celulares e de exibir os crimes em tempo real por meio de transmissões ao vivo nas redes sociais. Ele foi localizado após uma mulher denunciar ter sido furtada enquanto aguardava no trânsito da avenida Tereza Cristina, na região Oeste da capital. O caso levou a Polícia Militar a iniciar buscas que resultaram na prisão de três pessoas, incluindo uma mulher venezuelana suspeita de receptação.
De acordo com a polícia, o jovem preso é conhecido por manter perfis nas redes sociais nos quais publicava vídeos dos furtos e exibia os aparelhos, alguns já anunciados para revenda. Em um dos registros mais recentes, ele aparece com o celular subtraído e afirma que o levou “só para não ir embora duro”. As postagens foram consideradas peças importantes na identificação do suspeito, já monitorado por equipes de inteligência da PM.
Com base no rastreamento do celular furtado, os militares chegaram a um endereço no bairro Aparecida, na região Noroeste de Belo Horizonte. No local, dois jovens de 19 anos tentaram fugir ao perceber a chegada das viaturas, mas foram contidos. Um dos celulares foi encontrado no chão, jogado por um dos suspeitos durante a tentativa de fuga, e confirmado como sendo da vítima do furto ocorrido horas antes.
Durante a abordagem, um dos detidos confessou ser o autor do furto e explicou que o comparsa o ajudava a identificar o momento mais seguro para agir, além de alertar sobre a chegada da polícia. Segundo eles, os aparelhos eram revendidos em um bar da região, e os lucros divididos.
Na sequência da operação, os policiais foram até o estabelecimento apontado pelos suspeitos, conhecido como “bar da venezuelana”, onde encontraram uma mulher de 31 anos. Ela tentou esconder um objeto e fugir para o interior do imóvel, mas foi abordada. Com ela, foram apreendidos sete celulares com registros de furto ou roubo, quatro correntes de ouro, um notebook, mais de R$ 600 em dinheiro e materiais utilizados para testar metais e embalar os produtos.
A mulher admitiu que comprava os celulares repassados por diferentes pessoas, entre elas os dois jovens presos, e revendia os aparelhos em shoppings populares da capital.
Todos os envolvidos foram levados à delegacia, onde o caso será apurado pela Polícia Civil.