Desde que não tenha afetado órgãos vitais ou provocado complicações infecciosas graves, uma amputação peniana não oferece risco de morte e, ao contrário do que o senso comum indica, não inviabiliza uma vida relativamente normal. Situações como essas geralmente estão relacionadas com problemas de saúde, como o câncer de pênis. Porém, o problema também pode ser resultado de acidentes e até de atos criminosos.
Independentemente do fator causador, uma amputação total do membro pode ser resolvida com uma neofaloplastia, que consiste na criação de um novo tubo peniano, com retalhos de antebraço ou de pele da região lombar, explica o urologista e andrologista Paulo Egydio, especialista em cirurgia reconstrutiva urogenital que atua no hospital Sírio-Libanês.
A uretra também é refeita cirurgicamente e, dependendo do caso, possibilitará até que o paciente continue urinando em pé. Em outros casos, o indivíduo terá de fazer isso sentado. Quanto à manutenção da vida sexual, o especialista explica que em uma segunda cirurgia é possível inserir uma prótese peniana para possibilitar firmeza e viabilizar uma penetração com o novo pênis. Leia a matéria completa no www.acritica.net.
Em média, 486 perderam o órgão genital entre 2007 e 2022 por causa do câncer de pênis, que pode ser prevenido com lavagem adequada. Embora rara, a doença matou 463 homens em 2020.
Alerta: Apesar de representar 2% de todos os tipos de câncer que atingem o sexo masculino, o câncer de pênis matou 463 pessoas em 2020 (último ano com estatística disponível), segundo dados do Atlas de Mortalidade por Câncer do Ministério da Saúde.
- “O Brasil é um dos campeões mundiais na incidência de câncer de pênis, que é facilmente evitável com higiene íntima e tratamento da fimose“, afirma Ubirajara Barroso Jr., urologista especialista em reconstrução genital e chefe de cirurgia reconstrutiva de uretra do hospital da Universidade Federal da Bahia.
- “A desinformação e a dificuldade de acesso à saúde fazem com que muitos homens tenham o órgão genital amputado e morram por câncer de pênis”, conclui o urologista.
- Se alguém realiza a falectomia (a retirada total ou parcial do pênis), ela ainda terá libido, poderá ter orgasmos, continuará usando o banheiro e até manter relações sexuais (em casos de retirada parcial. No entanto, toda perda envolve um processo de luto.
- Esse processo tem algumas fases: negação e isolamento, raiva, barganha, depressão e aceitação. Nem todas as pessoas passam por todas essas fases e é possível transitar entre elas até a aceitação. Algumas conseguem passar por tudo isso e aceitar a nova condição.
- Outras vão precisar de ajuda nesse caso. De qualquer forma, penso que você deveria procurar um profissional que possa lhe acompanhar nesse processo.
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