A Justiça de Minas Gerais determinou nesta quinta-feira (2) que dois homens acusados de matar Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, serão julgados em júri popular. Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, e Thiago Schafer Sampaio, de 27, estão presos desde março, quando o corpo da jovem foi encontrado enterrado e coberto de concreto em uma casa no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, os dois sentiam rancor de Clara porque ela rejeitava investidas amorosas de Thiago e reprovava atitudes e comentários de Lucas. O feminicídio foi praticado por asfixia, método que impediu a reação da vítima.
Além do homicídio qualificado, os réus respondem por ocultação e vilipêndio de cadáver, tentativa de fraude bancária e abuso de animal doméstico.
A defesa de Thiago tentou alegar incapacidade mental do acusado devido ao uso de medicamentos psiquiátricos, mas o pedido foi rejeitado pela Justiça. A decisão foi proferida pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do Tribunal do Júri da Comarca de BH.
A data do julgamento ainda não foi marcada.
Relembre assassinato de Clara Maria em BH
A jovem foi encontrada morta no dia 12 de março em uma residência do bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em BH. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o corpo havia sido enterrado com concreto na varanda do imóvel, onde morava Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, que foi preso com Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos.
De acordo com as investigações, um dos acusados, identificado como Thiago, se revoltou ao encontrar a vítima acompanhada do namorado três dias antes do crime. O autor do crime atraiu Clara para a residência sob o pretexto de quitar uma dívida de R$ 400.
Thiago, usuário de drogas, confessou que matou a jovem para não pagar a dívida e roubá-la. Já Lucas teria planejado o crime após a vítima repreendê-lo por fazer um gesto nazista em um bar dias antes, também em BH.
Após o assassinato, os suspeitos deixaram o corpo no local por cerca de 20 horas antes de ocultá-lo sob concreto. Thiago chegou a relatar a amigos o desejo de matar Clara Maria, mas a polícia suspeita que a dívida foi o estopim. A dupla foi presa após a descoberta do corpo em operação que envolveu a Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida. Nenhum deles tinha passagens.
O terceiro suspeito, Kennedy Marcelo da Conceição Filho, de 34 anos, foi ouvido e liberado após a Polícia apurar que ele não teve participação no crime.
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