Pesquisadores projetam que esta quarta-feira (9) poderá marcar o dia mais curto já registrado, com a Terra completando sua rotação até 1,51 milissegundos mais rápido do que as 24 horas padrão. A medição é baseada em dados de relógios atômicos, que acompanham com precisão a duração da rotação do planeta.
O recorde anterior foi registrado em 5 de julho de 2024, quando a rotação foi concluída 1,66 milissegundos mais rápido. Além do dia 9, os dias 22 de julho e 5 de agosto também devem apresentar reduções semelhantes na duração, reflexo de uma aceleração que vem sendo observada desde 2020.
Essa mudança pode afetar sistemas que dependem de extrema precisão no tempo, como satélites e equipamentos de geolocalização. Cientistas apontam que, se essa tendência continuar, pode ser necessária a introdução de um segundo bissexto negativo, o que nunca ocorreu até hoje.
Embora as causas exatas da aceleração ainda não estejam totalmente esclarecidas, estudos sugerem que fatores como variações na atmosfera, derretimento de geleiras, alterações no núcleo da Terra e mudanças no campo magnético podem estar envolvidos.
De acordo com especialistas, apesar dessas oscilações, a tendência de longo prazo é de desaceleração do planeta, em razão da força gravitacional exercida pela Lua. Projeções indicam que os dias podem se estender gradualmente até 25 horas, mas esse processo levaria cerca de 200 milhões de anos.