O ex-vereador Carlos Bolsonaro (PL) divulgou em suas redes sociais nesta sexta-feira (12) um vídeo em que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, aparece tendo uma crise de soluços. O filho, que renunciou ao cargo na quinta (11) para pré-candidatura ao Senado por Santa Catarina, afirmou que o pai “precisa de cuidados especiais 24 horas por dia” e que corre risco de vida sem essa assistência contínua.
“Eu não pretendia tornar público um vídeo que expõe meu pai em mais uma situação terrível como os reflexos da facada que levou de antigo integrante do PSOL – o fato exposto registrado antes da sua prisão arbitrária se faz necessário e me dilacera de forma que não sei explicar – porque é doloroso demais encarar aquilo que meus próprios olhos veem diariamente, quando estou com ele. Mas a realidade é impossível de ignorar”, escreveu Carlos em suas redes sociais.
A defesa do ex-presidente já havia solicitado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a transferência de Bolsonaro para o regime domiciliar, com base em alegações sobre seu estado de saúde. Como resposta, Moraes determinou a realização de uma perícia médica, que deverá ser concluída em até 15 dias, para avaliar as condições do ex-presidente.
“Ele precisa de cuidados especiais 24 horas por dia, e sua condição só piora. Sem cuidados médicos contínuos, acompanhamento ininterrupto e ambiente adequado, estamos diante de uma tragédia anunciada”, disse.
Bolsonaro segue preso, mas pena pode ser reduzida
Bolsonaro foi preso preventivamente no dia 22 de novembro por ordem do ministro Alexandre de Moraes, sob acusação de descumprir medidas cautelares e de representar risco de obstrução à Justiça. A prisão ocorreu antes da fase de execução da pena de 27 anos e três meses imposta a Bolsonaro no inquérito sobre atos golpistas.
Na última quarta-feira (10), a Câmara aprovou a ‘PL da Dosimetria‘, que prevê redução das penas para condenados por golpe de estado. Além dos participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023, a medida pode reduzir a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sob as novas regras, ele cumpriria cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, em comparação aos 27 anos e 3 meses pelos quais foi condenado.
O projeto foi criticado por opositores, que veem na medida um “benefício seletivo”. O texto ainda precisará ser votado no Senado.
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