Newton Cardoso, ex-governador de Minas Gerais, morreu na madrugada deste domingo (2), aos 86 anos. Ele estava internado, mas a causa não foi divulgada.
Com uma trajetória marcante na política mineira, Newton Cardoso ocupou diversos cargos ao longo de sua carreira, incluindo o governo de Minas Gerais entre 1987 e 1991, além de ter sido vice-governador, prefeito de Contagem por três mandatos e deputado federal por três legislaturas. Além da vida política, também atuou como advogado, administrador e empresário, com forte presença em diversos setores.
Seu filho, o deputado federal Newton Cardoso Jr., lamentou a perda em nota oficial, ressaltando o legado do pai na política e no desenvolvimento do estado. Ele destacou a dedicação do ex-governador ao povo mineiro e sua luta incansável, sempre com garra, um sorriso no rosto e um coração cheio de amor e bondade.
Natural de Brumado, na Bahia, Newton Cardoso nasceu em 22 de maio de 1938, mas construiu sua carreira em Minas Gerais. Formado em Administração Pública e Sociologia Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), iniciou sua militância no movimento estudantil, presidindo a União Colegial de Minas Gerais e fundando a Casa do Estudante.
Seu ingresso na política aconteceu em 1960, quando se filiou ao Partido Republicano. Com o golpe militar de 1964 e a extinção dos partidos políticos, participou da fundação do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que fazia oposição ao regime. Em 1972, foi eleito prefeito de Contagem, cargo que exerceu por três mandatos. Além disso, ocupou posições como deputado federal e vice-governador de Minas Gerais, consolidando uma longa e influente trajetória na política do estado.
Newton será velado no Palácio da Liberdade, em BH, neste domingo. A partir das 10h, a cerimônia será aberta ao público. O corpo será cremado.