O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra o deputado federal Nikolas Ferreira e o deputado estadual Bruno Engler, ambos do PL, além das parlamentares Delegada Sheila e Coronel Cláudia (PL), por disseminação de fake news durante o segundo turno das eleições de 2024 em Belo Horizonte.
A decisão, assinada pelo juiz Marcos Antônio da Silva nesta sexta (25), torna os quatro réus em ação penal por crimes eleitorais.
Segundo o MP, os acusados orquestraram campanha coordenada contra o então prefeito Fuad Noman (PSD), morto em março de 2025. O grupo distorceu trechos do livro “Cobiça”, escrito por Fuad, para insinuar que o autor apoiava crimes sexuais – embora a obra narre abuso sofrido por uma personagem fictícia. A Justiça já havia determinado a remoção do conteúdo durante as eleições.
Nikolas e Engler podem pagar indenização
Nikolas Ferreira utilizou seu “alcance massivo” nas redes para impulsionar as falsas acusações, enquanto Engler – candidato derrotado à prefeitura – teve sua chapa envolvida diretamente: Coronel Cláudia era sua vice e compartilhou ativamente a desinformação. Delegada Sheila também replicou o material fraudulento.
Se condenados por órgão colegiado, os réus poderão ter direitos políticos suspensos e serem declarados inelegíveis. O MP pede indenização por danos morais a ser destinada a instituição de caridade, já que a família de Fuad renunciou à compensação.
Até o momento, nenhum dos réus se pronunciou sobre o caso.
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