Victor Lucchesi, advogado e 5º suplente do Partido Liberal na Câmara Municipal de Belo Horizonte, firmou um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais para evitar responder a uma acusação de calúnia e difamação. Durante o segundo turno das eleições, quando Fuad Noman, então prefeito, disputava a reeleição contra o deputado estadual Bruno Engler, Lucchesi compartilhou um vídeo em suas redes sociais insinuando que Fuad estaria envolvido em práticas sexuais com menores de idade.
Após a morte do ex-prefeito em março deste ano, sua família decidiu dar continuidade ao processo. Lucchesi, junto ao deputado federal Nikolas Ferreira e Engler, foi acusado de engajar-se em uma “campanha sistemática de desinformação” contra Fuad. Engler e Nikolas também enfrentam acusações do Ministério Público Eleitoral, assim como a deputada estadual Delegada Sheila e a militar Cláudia Romualdo, que se lançou como candidata a vice-prefeita. Todos eles correm o risco de ter seus direitos políticos suspensos caso a ação judicial prossiga.
No acordo, Lucchesi se comprometeu a renunciar a candidaturas em futuras eleições e a pagar uma indenização no valor de R$ 31,5 mil, que será destinada a uma entidade de cunho social. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele admitiu que sua postagem durante o segundo turno das eleições “descontextualizava” partes do livro Cobiça, escrito por Fuad em 2020, e propagava “desinformação” tanto sobre a obra quanto sobre o ex-prefeito.
O atual prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, comentou na última terça-feira (9) que os ataques direcionados a Fuad Noman durante a campanha de 2024 “impactaram bastante” o ex-prefeito, enfatizando que ele ficou indignado com as alegações fabricadas em um momento tão delicado da disputa eleitoral.