No sábado (3), a área do Barreiro foi palco de um conflito sangrento entre membros
da Máfia Azul e Galoucura, resultando em uma vítima fatal e vários feridos. A Polícia Militar (PM) conseguiu identificar alguns dos envolvidos nesse embate, revelando detalhes alarmantes sobre seus históricos criminais.
Entre os suspeitos, destaca-se um indivíduo condenado pelo assassinato de um torcedor cruzeirense em 2010. A sentença, proferida em 2013, determinou uma pena de 17 anos de prisão. Além disso, em 2018, ele enfrentou outra condenação, desta vez por lesão corporal em uma briga entre torcidas, resultando em um ano e quatro meses de detenção. A PM enfatiza que esses não são os únicos episódios nos quais o indivíduo esteve envolvido.
Os relatos do conflito descrevem uma cena caótica, com vídeos mostrando torcedores se enfrentando violentamente. Um motociclista que testemunhou o incidente enquanto retornava do trabalho afirmou ter avistado torcedores do Atlético portando revólveres.
A intervenção da PM resultou na prisão de dois homens, com idades de 24 e 35 anos, e na apreensão de três barras de ferro, dois foguetes e 14 bastões de madeira. O confronto entre as torcidas rivais serve como um alerta para a necessidade de medidas mais enérgicas para conter a violência associada ao futebol.
Quem é Vinicin
Marcos Vinícius Oliveira de Melo, conhecido como Vinicin e ex-diretor da Galoucura, tem um histórico marcado por violência. Em 31 de janeiro de 2013, um júri popular condenou seis dos 12 integrantes da torcida organizada pelo brutal assassinato de Otávio Fernandes, torcedor cruzeirense de 19 anos, ocorrido em novembro de 2010. Entre os condenados estava Marcos Vinícius Oliveira de Melo, sentenciado a 17 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha.
Após a final do Campeonato Mineiro de 2018, em 4 de março, Vinicin enfrentou outra acusação de agressão. Em 9 de abril de 2019, durante audiência no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, ele afirmou ter sido provocado e admitiu ter desferido um único golpe na vítima, que caiu. Alegou então ter deixado o local imediatamente, sem saber o desfecho da situação. Na época, estava em saída temporária da prisão pela condenação de 2010. Como resultado, foi condenado a pouco mais de um ano pelos crimes de lesão corporal leve e incitação à violência.
Segundo registros da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), Vinicin teve sua primeira passagem pelo sistema prisional em maio de 2008, tendo retornado outras quatro vezes desde então. Sua última entrada foi em outubro de 2018. Em outubro de 2022, foi ordenado o uso de tornozeleira eletrônica, mas em abril do ano anterior, uma determinação judicial exigiu a retirada do monitoramento. Atualmente, está em processo de transferência para uma unidade prisional, embora os detalhes dessa transferência não tenham sido divulgados.