Um agente funerário de 51 anos foi preso sob suspeita de violar o corpo de um idoso antes do funeral na cidade de Bom Jesus do Galho, no interior de Minas. Segundo a Polícia Militar, o trabalhador é suspeito de ter removido os órgãos do falecido e enterrado em uma cova sem a autorização da família.
As autoridades receberam uma denúncia anônima alegando que uma funerária estava removendo os órgãos dos corpos que chegavam ao estabelecimento, colocando-os em sacos plásticos e enterrando-os na cova onde os cadáveres seriam posteriormente enterrados no cemitério local.
De acordo com a denúncia, o proprietário do local realizou o procedimento no corpo de um idoso naquele domingo. Os órgãos teriam sido enterrados por volta das 13h, embora o sepultamento estivesse programado para ocorrer apenas às 16h.
Homem preso no interior de Minas diz que funerária pediu para retirar órgãos
Em resposta à denúncia, a PM foi ao cemitério e encontrou os órgãos enterrados sob uma fina camada de terra. Quando questionado, o coveiro admitiu que enterrou os restos mortais na cova a pedido da funerária e disse que é comum o estabelecimento solicitar o serviço a ele.
Os militares foram ao velório do idoso que teria sido vítima do procedimento e foram informados de que a família não havia autorizado a remoção dos órgãos.
A PM então foi até a funerária e conversou com o agente funerário, que admitiu a ação. Ele afirmou que o procedimento é ensinado no curso de Tanatopraxia e é considerado normal. Ele também afirmou que aprendeu a técnica em um curso realizado em Belo Horizonte.
O suspeito foi preso por vilipêndio de cadáver e levado para prestar esclarecimentos na delegacia. O corpo do idoso e os restos mortais foram recolhidos pela perícia para o Instituto Médico Legal (IML) e passaram por análise.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
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