O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), teve sua licença médica prorrogada por mais 15 dias nesta segunda-feira (3), marcando a quinta extensão consecutiva do afastamento. Ele segue internado no hospital Mater Dei, na Região Centro-Sul da capital, tratando complicações respiratórias e sem previsão de alta. Enquanto isso, o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil) continua à frente da administração municipal, mas o prolongamento da situação tem gerado questionamentos na Câmara Municipal sobre a necessidade de uma decisão política diante da incerteza sobre o retorno do gestor.
Fuad está em processo de retirada da ventilação mecânica, já conseguindo passar até três períodos diários de três horas sem o suporte. Segundo boletim assinado pelo coordenador médico do hospital, Dr. Enaldo Melo de Lima, ele está “bem adaptado” à traqueostomia e continua com reabilitação fisioterápica, motora e respiratória. Exames adicionais ainda serão realizados para uma avaliação global de seu quadro clínico.
O prefeito já passou por quatro internações desde novembro de 2023, incluindo entubação e traqueostomia. Ele havia sido reeleito no segundo turno enquanto ainda realizava tratamento contra um linfoma não-Hodgkin, mas, após vencer o câncer, enfrentou complicações de saúde decorrentes do tratamento oncológico.
Desde novembro, Fuad enfrentou diversos problemas de saúde, incluindo:
- 23 a 28 de novembro: Internação por neuropatia periférica, causando dores nas pernas.
- 6 a 14 de dezembro: Retorno à UTI devido a sinusite e pneumonia.
- 19 a 23 de dezembro: Nova internação para tratar diarreia e sangramento intestinal.
Apesar de ter tomado posse remotamente no dia 1º de janeiro, o prefeito se afastou oficialmente em 4 de janeiro para se dedicar à recuperação. Desde então, Álvaro Damião está no comando da prefeitura.
A sequência de licenças médicas e a ausência de previsão para o retorno do prefeito têm gerado cobranças na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Parlamentares discutem a necessidade de uma definição política sobre a situação, considerando a possibilidade de um afastamento definitivo caso o quadro de saúde de Fuad impeça seu retorno às atividades.