A Polícia Civil investiga a cremação por engano do corpo de um homem no Cemitério Bosque da Esperança, em BH. Na última sexta-feira, dia 30, Josemar Bedetti Sathler, de 51 anos, foi ao local para a exumação do pai, José Orton Sathler. No cemitério, ele notou que a ossada não pertencia ao pai devido a uma platina no fêmur.
Ao questionar a administração, Josemar foi informado de que o corpo de seu pai havia sido trocado e cremado no lugar de uma mulher. O pai de Josemar faleceu em abril de 2021, durante a pandemia de Covid-19, e a família optou por um sepultamento provisório.
A exumação, inicialmente prevista para 2023, foi adiada porque a decomposição não estava completa. A família planejava transferir o corpo de José para um jazigo familiar em outro cemitério, para que ele pudesse ser sepultado ao lado da esposa.
O que diz o Cemitério sobre corpo cremado por engano em BH?
O Cemitério Bosque da Esperança admitiu o erro em nota, atribuindo-o à fase mais crítica da pandemia e informando a demissão do funcionário responsável. Veja o posicionamento na íntegra abaixo:
“A administração do Cemitério Bosque da Esperança vem a público esclarecer os fatos identificados durante o procedimento de exumação realizado no último dia 30, que revelaram a entrega equivocada de restos mortais à família de um dos sepultados.
O caso remonta a abril de 2021, durante o período mais crítico da pandemia de COVID-19, quando dois sepultamentos foram agendados para o mesmo jazigo comunitário, em horários distintos: 9h30 e 15h. Entretanto, em razão de atrasos logísticos provocados pelo contexto emergencial da pandemia, o corpo inicialmente previsto para o sepultamento às 9h30 precisou retornar à funerária, chegando novamente ao cemitério apenas às 17h45.
Diante disso, houve uma inversão na ordem dos sepultamentos: o corpo originalmente agendado para as 15h foi sepultado primeiro, e o corpo que deveria ter sido sepultado às 9h30, devido ao atraso, acabou sendo sepultado na posição superior do jazigo, assim que chegou. Durante todo o tempo, os corpos permaneceram devidamente identificados.
O Cemitério convidou a família para acompanhar o procedimento de exumação, como ocorre rotineiramente. Foi nesse momento que todos foram surpreendidos ao constatarem, por meio de uma cápsula de identificação — procedimento excepcional de segurança adotado pela empresa — que os restos mortais da exumação anterior haviam sido entregues incorretamente à outra família, no ano passado.
Uma vez constatado o erro, os colaboradores cuja conduta contrariou os protocolos operacionais estabelecidos foram identificados e imediatamente desligados da empresa. A administração do cemitério entrou em contato com a família envolvida no mesmo dia da constatação, com o objetivo de esclarecer integralmente os fatos e buscar alternativas para amenizar a situação da forma mais respeitosa e adequada possível.
Expressamos nossas mais sinceras desculpas à família afetada e nos colocamos à disposição para todos os esclarecimentos adicionais, com o devido respeito, transparência e responsabilidade — e, sobretudo, com a dignidade que as famílias que confiam em nossos serviços merecem.”
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