Por Oliveira Lima
O futebol brasileiro em um novo componente, especialmente a partir deste 2024: torcida ganhou poder de demitir jogadores e mais força sobre treinadores: rede social, é usada para pressionar e até ameaçar jogadores e treinadores. Isto porque os dirigentes, para ficar bem com a torcida ou por falta de convicção mesmo , estão atendendo rapidamente às pressões e ameaça dos torcedores. É o famoso “não tem mais clima” que na verdade é “ameaça à família”.
E os treinadores são alvos principais. Perdeu três seguidas são demitidos, pois torcida pressiona e dirigentes trocam seus comandantes assim como rocam de camisa. Nos últimos anos, tivemos mais demissão de técnicos de que rodadas, que são 38. Ano passado foram 43 trocas de comando nos times da Série A no Campeonato Brasileiro.
E nesta temporada será pior: as ameaças dos torcedores via rede social viraram um terror para um simples profissional. A vida deles corre perigo. E como chegam os 20 times e quem vai sobreviver? Por motivos até diferentes 7 deles já trocaram seus treinadores antes de começar a competição nacional, em apenas dois meses, nos estaduais ou competições da Conmebol.
O primeiro a cair no ano foi o colombiano Juan Carlo Osório, trocado por Cuca no Athetico Paranaense. Corinthians demitiu Mano e tirou do Cuiabá o jovem Antônio Oliveira, ficando o interino Luís Fernando Iubel como definitivo. Felipão mandado embora no Galo, chegou Milito e o Botafogo, a maior máquina de triturar treinadores do Brasil: já está no seu 3º comandante neste início de ano(Tiago Nunes, Fábio Matias, interino e agora o português Artur Jorge. Tivemos ainda o São Paulo perdendo Dorival Júnior para a Seleção, e já com Tiago Carpini muito ameaçado. E há uma semana de começar o Brasileiro o Cruzeiro demitiu Larcamón e trouxe Fernando Seabra.
EIS A LISTA DOS 20 TÉCNICOS À ESPERA DA CRUCIFICAÇÃO!
Por ordem alfabética dos clubes: Cuca, Jair Ventura, Gabriel Milito, Rogério Ceni, Artur Jorge, Pedro Caixinha, Antônio Oliveira, Cláudio Tencati, Fernando Seabra, Luís Fernando Iube, Tite, Fernando Diniz, Juan Pablo Voyoda, Renato Gaúcho, Eduardo Coudet, Roger Machado, Abel Ferreira, Tiago Carpini, Ramóm Diaz e Léo Condé.
Os mais longevos e os mais caçulinhas: Abel Ferreira no Palmeiras há 3 anos e 5 meses: Voyvoda no Fortaleza com 2 anos e 11 meses; Cláudio Tencatti no Criciúma com 2 anos e 5 meses; Diniz no Flu, 2 anos; Caixinha no Braga, 1ano e mais 4 meses e Léo Condé no Vitória há 1 ano e 2 mês .O resto não completou ainda um ano. Já os com trabalhos mais curtos são: Fernando Seabra no Cruzeiro com uma semana, Artur Jorge no Botafogo há 12 dias, Milito no Galo com 21 dias, e com mais de um mês estão: Cuca no Furacão, 41 dias: Antônio Oliveira no Timão com dois meses e 11 dias e Luís Fernando Iubel no Cuiabá com seus dois meses e 5 dias. Detalhe é que nem longevos e nem “estreantes”, ninguém tem garantia dos seus empregos.