Por Oliveira Lima
Torcedor cruzeirense hoje tem saudade daquele time de Fernando Seabra que jogou o primeiro turno do Brasileirão do ano passado e que, mesmo pertencente ao G4, foi eleito o time de melhor futebol jogado até então e seu treinador eleito o melhor do primeiro turno. O jogo, digamos, final foi o de 3×0 sobre o Botafogo em pleno Nilton Santos, válido pela 20ª rodada no dia 27 de Julho.
Depois daquele baile em cima do Botafogo, que seria campeão brasileiro e da América, Cruzeiro de Seabra teve exibição de gala pra cima do Boca Jrs em 12 de agosto em BH, num histórico 2×1 e última exibição foram os 2×0 sobre o Libertad, em Assumpção, no dia 12 de setembro, ambos pela Copa Sul-Americana. Mas como o time vinha no Brasileirão de 8 jogos seguidos, com somente um vitória, o dono do Cruzeiro, Pedrinho BH utilizou o empate fora de casa contra o Cuiabá, para demitir, até inesperadamente, o seu treinador, Fernando Seabra.
Juntando a oscilação de Seabra e o desastre de Fernando Diniz, o Cruzeiro fecha o ano de 2024 com números muito abaixo do imaginado. Se com Seabra foi apenas uma vitória em 8 jogos finais, Diniz obteve apenas 3 em 15 partidas, não conseguindo levar o time à Libertadores via Brasileirão e de quebra perdeu a final da Copa Sul-americana para o Racing, perdendo outra chance de chegar a maior competição do continente.
Chega 2025 com Diniz iniciando o ano, sendo virtualmente demitido no final de 2024. Vai começar pessimamente o novo ano. Mesmo jogando o Mineiro e amistosos nos EUA, obtém apenas 1 vitória em 5 jogos, sobre o Tombense. Diniz cai, assumindo o interino fixo, Wesley Carvalho, que em 4 jogos ganha dois, Itabirito e Uberlândia, numa Campanha melhor que Diniz e o seu próprio sucessos, Leonardo Jardim.
Finalmente chega o português Leonardo Jardim, muito bem credenciado, mas com calendário sufocante e time desarrumado. Nem mesmo os 33 dias de treinamento deram rumo ao acerto. Antes da parada perdeu a vaga a final do Mineiro para o América e depois da intertemporada de um mês, ganhou sem merecer do Mirassol e vem de derrotas para Union na Sula e sofreu goleada do Internacional pelo Brasileiro. Até agora Jardim tem péssimos números: somente uma vitória em 7 jogos, num irrisório aproveitamento de apenas 28,5%, muito abaixo dos 40% de Diniz e 58% de Wesley.
Números terrivelmente ruins em 2025: 16 jogos, somente 4 vitórias, só contra times pequenos( Tombense, Itabirito, Uberlândia e Mirassol). Não venceu time grande(empates contra São Paulo e Galo nos EUA e derrotas para o Galo e Internacional).Aproveitamento de 39% apenas. Pior ainda se considerarmos os 8 meses de crise de resultados, daqueles 3×0 no Botafogo ano passado até hoje: 39 jogos, absurdamente somente 8 vitórias. Seabra, uma em 8 jogos, Diniz: 4 em 20 jogos, Wesley 2 em 4, e Jardim o pior de todos: 1 em7 jogos. Cruzeiro ganhou apenas 20% dos seus jogos em 8 meses. Quatro treinadores neste período, ou seja, um comandante a cada 2 meses. Em suma: quem está errado? O Cruzeiro em si ou seus treinadores?