Sebastião Salgado, um dos nomes mais influentes da fotografia global, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, ONG fundada por ele e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. O artista, que nasceu em Aimorés, no interior de Minas, em 1944, enfrentava um distúrbio sanguíneo causado por malária contraída na Indonésia, o que o levou a se aposentar do trabalho de campo em 2024.
Salgado dedicou décadas a documentar realidades humanas e ambientais em mais de 120 países. Sua obra inclui registros emblemáticos, como as imagens da Serra Pelada nos anos 1980, a série “Trabalhadores” e o ensaio “Êxodos”, que retrata migrações em massa. Em preto e branco, suas fotografias exploraram desde conflitos sociais até a degradação e a resistência da natureza.
O Instituto Terra destacou em nota que, ao lado de Lélia, Salgado transformou áreas devastadas em reservas ambientais, promovendo a restauração ecológica como “gesto de amor à humanidade”. O casal fundou a organização em 1998, recuperando mais de 700 hectares de Mata Atlântica em Minas Gerais.
Referência na fotografia documental, Salgado deixa um legado que mescla arte, denúncia e esperança. Seu acervo segue como testemunho de um mundo marcado por contrastes e pela urgência de preservação.
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