A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação nesta quarta-feira (23) em Minas Gerais e mais 13 estados para combater fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As investigações apontam que entidades cobravam mensalidades não autorizadas de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, com prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões.
Os alvos incluem a sede do INSS no DF e endereços em Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Segundo a CGU, as associações ofereciam serviços fictícios, como descontos em academias e planos de saúde, e falsificavam assinaturas para descontar valores dos benefícios. O ministro Vinícius Carvalho (CGU) afirmou que 97% dos 1.300 aposentados entrevistados negaram autorizar os descontos.
Entre os afastados estão o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto (PDT), e cinco servidores, incluindo o procurador-geral Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho e o coordenador Giovani Batista Fassarella Spiecker. Um sexto envolvido não foi identificado.
Investigações do INSS começaram em 2023
A operação cumpriu 211 mandados de busca em 34 cidades, resultando em cinco prisões e um foragido em Sergipe. Foram apreendidos carros, joias, obras de arte e dinheiro, além de bloqueios de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou que 70% das 29 entidades analisadas não apresentaram documentação válida para os descontos.
As investigações começaram em 2023 na CGU e, em 2024, foram ampliadas com a participação da PF, que abriu 12 inquéritos.
A PF orienta que beneficiários com descontos irregulares no contracheque solicitem a exclusão pelo aplicativo Meu INSS, na opção “exclusão de mensalidade de associação”, ou pela Central 135.
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