O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta quarta-feira (30), medidas em resposta aos possíveis impactos pelo tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros anunciado pelos EUA, que deve entrar em vigor nos próximos dias.
Em encontro sediado na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), 150 empresários compareceram, incluindo lideranças comerciais que devem ser impactadas.
Zema explicou as duas medidas iniciais tendo em vista o cenário incerto dos próximos meses. A primeira ação anunciada foi a monetização do crédito de ICMS acumulado pelas empresas. O total de créditos será de R$ 100 milhões por ano. O acesso será simplificado de forma a agilizar o socorro aos exportadores afetados pelo tarifaço dos EUA.
A segunda medida é uma linha de crédito do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) de R$ 200 milhões, com juros reduzidos, pagamento em até 60 meses e carência de 12 meses.
“Conversei com os empresários e coloquei o Governo de Minas à disposição, e vamos fazer de tudo para que a situação seja amenizada. Infelizmente, não temos poder para resolver essa situação, mas estamos à disposição para diminuir os impactos”, disse o governador.
“Trump está tentando reconduzir o Brasil para onde nunca deveria ter saído”, diz Zema
Zema voltou a atribuir a crise ao governo federal, como dito em entrevistas e nas redes sociais desde que o presidente Trump anunciou tarifas de 50% de exportações brasileiras.
Para o governador, Lula adotou uma postura internacional ‘anti-ocidente’ e que a resposta dos EUA é natural e que não é apenas econômica, mas também política.
“a minha opinião, o problema começou com o presidente Lula criticando, se aproximando de ditadores contra Estados Unidos. Esse discurso contra a ordem mundial não é de hoje. Isso fez os ânimos se exaltarem. Tudo tem limite. E me parece que o presidente Trump viu aí uma oportunidade de retaliar o Brasil.Trump está tentando reconduzir o Brasil para um lugar de onde ele nunca deveria ter saído “, finalizou o governador.
O Governo de Minas também está trabalhando em outras frentes para tentar minimizar os impactos da ação, como a abertura de novos mercados, diversificando os destinos, ação que já tem sido feita pela atual gestão ao longo dos anos.
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