O governador de Minas, Romeu Zema (Novo) utilizou suas redes sociais para se manifestar sobre a invasão do Movimento Sem Terra (MST). Desde a última sexta-feira (8), integrantes estão em uma fazenda localizada em Lagoa Santa, na Grande BH.
Zema expressou críticas à invasão de terras e afirmou que o governo estadual dará apoio aos produtores rurais para reverter a situação o mais rapidamente possível. No entanto, a Justiça negou a liminar que solicitava a reintegração de posse do terreno. Essa decisão foi emitida no sábado (9), um dia após um grupo de mulheres do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra iniciar a ocupação.
De maneira irônica, o governador Romeu Zema mencionou as dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais e sugeriu que eles passem a filmar suas atividades como forma de comprovar suas ações.
“Agora estamos tendo uma preocupação extra: invasão de propriedade privada produtiva aqui em Minas. O produtor de leite, além de todo esse problema do preço, agora precisa provar e filmar que ele está produzindo. Caso contrário, a Justiça leva mais em consideração a opinião dos invasores. Realmente não está fácil. Então, quero pedir a todo produtor rural que filme o que você faz, você arando a terra, você tirando o leite na sua propriedade”, ironizou.
MST responde Zema
Em resposta, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/MG) divulgou uma nota na noite deste domingo (10), acusando Zema de “atacar as famílias sem terra e mentir para a população”. O MST ressalta que o judiciário indeferiu a reintegração de posse da fazenda, que, segundo eles, está abandonada há quase uma década. Além disso, o movimento afirma que não ocupa terras produtivas.
“O governador ignora que não é necessário registro de vídeo e foto quando existem instrumentos para comprovar a produtividade de um terreno, o que não é o caso. Nenhum desses instrumentos foi juntado pelos autores do pedido de reintegração, pois não existem. A decisão do judiciário afirma que os supostos herdeiros não conseguiram comprovar a produtividade da fazenda”, alegou o movimento.
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